Quando eu vi a propaganda do Netflix e também amigos compartilhando o status assistindo esta série a princípio fiquei muito curiosa, porém, não demorei muito para perceber que 13 Reasons Why se tratava muito mais que um simples seriado de 13 episódios, ou seja, o seriado que aborda temáticas pesadas como: suicídio, depressão, bullying e estupro.
Gostaria de trazer meu ponto de vista que não contém spoiler, mas acho fundamental orientá-lo(a) que se você já teve problema com algum destes assuntos os quais mencionei acima anteriormente, ou até mesmo esteja passando por isso, é interessante avaliar muito bem se está preparado. Ok?!
O Seriado 13 Reasons Why é uma adaptação da Netflix referente ao livro que tem o mesmo nome “Os 13 Porquês” escrito por Jay Asher e conta sobre a história do suicídio de Hannah Baker (interpretado pela atriz Katherine Langford).
Hannah antes de se matar gravou 13 fitas contando os motivos os quais a levaram a tomar esta atitude tão drástica e as pessoas que recebessem uma caixinha com cópias das fitas era porque fazia parte das razões que contribuíram para sua morte. Na série vamos nos deparar com a versão do Clay Jensen (Dylan Minnette) com suas preocupações, surpresas e descobertas como um dos culpados pela morte.
Clay era amigo de escola e também trabalhava junto com Hannah como atendente de cinema, eles eram bem próximos e os sentimentos entre eles apesar de ser muito bem claro para ambos, nenhum dos dois tinham coragem de se declararem. Na história ele acaba se tornando um dos motivos pela qual Hannah veio a se matar e também recebe as fitas como outros amigos de Hannah e resolve escutar as outras versões anteriores com aquele sentimento de angústia antes de tomar coragem de escutar a fita dele mesmo, sobre o que ele (o Clay) causou a Hannah.
Trailer 13 Reasons Why – Netflix:
A história é tão intrigante que a ansiedade e os sentimentos que o Clay tem por ela são enigmáticos, e por outro lado temos o desespero dos pais de Hannah para tentar encontrar os reais motivos que tenham levado a filha a ter tirado a própria vida e uma busca desenfreada por pistas do que ocorreu nos trazendo simplesmente a sensação inquietante variadas com picos de emoções. Não sei o que eu sentia mais se era raiva, vingança ou dó. Fiquei muitas vezes confusa porque Hannah não tinha um relacionamento mais aberto com seus pais, porque será que Hannah não pensou em pedir ajuda?
Resumindo, eu gostei bastante e fiquei muito triste porque apesar de ser uma ficção, sabemos que realmente o bullying está presente e precisamos nos alertar e procurarmos construirmos um relacionamento estruturado para nossas crianças e adolescentes para que assim possam se sentirem seguros e assim se abrirem para nós com mais facilidade, acredito que só a empatia e a imersão na realidade do jovem possa salvá-lo de uma tragédia destas.